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Por que o coronavírus pode estimular a inovação


Além do imensurável sofrimento e perda de vidas, o coronavírus já está impactando a economia mundial, prejudicando ações, interrompendo viagens e reuniões, impactando a rotina diária de ida ao trabalho e colocando milhões de pessoas em quarentena.


Empresas de todo o mundo estão sentindo o efeito dessas mudanças de comportamento, e economistas preveem que o vírus resultará em uma perda econômica na ordem de centenas de bilhões de dólares.


Mas, embora o número grave e trágico de vidas perdidas ainda não possa ser mensurado, há um lado positivo nesse cenário. Se a história das pandemias é um guia, esse contágio, como todos os outros, pode desencadear uma onda de inovação, proporcional à forma como altera a sociedade.

Praticamente todas as principais sequelas de grandes epidemias afetaram da mesma forma a humanidade e os negócios, e não há razão para acreditar que com coronavírus o impacto será diferente. A primeira pandemia conhecida na história foi a Praga de Atenas em 429 a.C., que causou quase 100 mil mortes e mudou a maneira como as pessoas pensavam sobre vida e doença.


Desde então, houve centenas de epidemias que compartilham algumas semelhanças na maneira como a sociedade lida, se comporta, pensa e inova.


Por mais extremas e cruéis que essas doenças tenham sido, cada uma delas alterou a maneira como vivemos e funcionamos, promovendo inovações que facilitam as mudanças necessárias ao tempo e momento em nossas vidas.


Coronavírus e o crescimento do e-commerce

Em novembro de 2002, a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) apareceu pela primeira vez na China e rapidamente se espalhou para Hong Kong e outras regiões, colocando o mundo em alerta máximo (como hoje). As viagens para a Ásia pararam, custando bilhões à indústria de viagens global. O turismo em todo o mundo parou, e as empresas e a economia global sofreram. Segundo algumas estimativas, a Sars custou à economia mundial cerca de US$ 40 bilhões. Este número é apenas o começo, pois o impacto real não foi no que as pessoas fizeram quando estavam cientes de seus riscos, mas no que não fizeram. Elas não foram trabalhar; não visitaram shoppings; as crianças não iam às escolas, então ,os pais tinham de ficar em casa, eles não iam a restaurantes. No geral, um cenário sombrio, bem como o que estamos enfrentando hoje.


Mas, como em muitas outras epidemias anteriores, à medida que o pior passava, havia algo de positivo naquilo tudo. A aceitação da internet pelos consumidores na China, que historicamente era baixa, começou a aumentar, o comércio eletrônico praticamente inexistente se popularizou. Quando as pessoas precisavam ficar em casa, ainda queriam ficar conectadas, fazer compras e obter informações para suas casas. A internet iria crescer de qualquer maneira, mas a Sars acelerou sua penetração na China e forneceu uma plataforma de lançamento para empresas como Alibaba e JD.com para aproveitar a mudança de hábitos do consumidor e criar duas das maiores e mais influentes empresas da China e do mundo.


Covid-19 e a economia do isolamento

As pandemias catalisam a inovação e aceleram as mudanças, fornecendo um ambiente para o lançamento e o teste de novas ideias. O coronavírus de hoje já está mudando as normas culturais e empresariais, atingindo o cerne de assuntos jamais discutidos por décadas e séculos. O simples ato de um aperto de mão está se tornando cada vez mais algo do passado, mesmo quando lavamos nossas mãos cirurgicamente uma dúzia de vezes por dia.


O trabalho remoto já estava em ascensão, mas “trabalhar de casa” agora é o novo normal. O WFH (Work from Home, que em inglês significa literalmente trabalhar em casa) levará a inúmeras mudanças no local de trabalho, afetando o trabalho em equipe, produtividade, colaboração e comunicação. Desde o surto de coronavírus, as ações da Zoom (a ferramenta de WFH mais popular do mundo) superaram significativamente os

mercados em valor, um sinal precoce de um mercado que já está prevendo mudanças.


Podemos esperar que essas transformações continuem impactando o modo como pensamos sobre o setor imobiliário e as interações e colaboração comercial, levando a um conjunto de inovações para facilitar essas tendências em evolução e torná-las permanentes.


Além disso, as pessoas estão tentando permanecer longe uma das outras, as visitas a restaurantes caíram, estamos evitando academias e locais públicos. Com a popularidade da Netflix, entrega de comida, Amazon Prime, banda larga ultra-rápida e Pelotons, parece que passamos a última década nos preparando para este momento.


Mas nossas mudanças de estilo de vida, que já estavam em andamento, serão exacerbadas por essa doença . Já empresas como Postmates e Instacart estão oferecendo opções de entrega “sem contato”. Ofertas semelhantes evoluirão e, em breve, uma onda de inovação, projetada para nossa nova maneira de viver e trabalhar, surgirá, e os historiadores provavelmente marcarão o coronavírus de hoje como a centelha da mudança social a longo prazo.


FONTE: FORBES


O tema deste artigo poderá ser trabalhado pelo palestrante motivacional André Castro em sua palestra de motivação contribuindo, desta forma, para que os participantes alcancem suas metas e objetivos profissionais e pessoais.






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